Santa pretende publicar balanço financeiro ao fim da pandemia

De acordo com o gestor Ítalo Mendes, o Tricolor teve superávit de cerca de 2,5 milhões em 2019

Estádio do Arruda - Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

Depois de não publicar o balanço financeiro referente aos anos de 2017, 2018 e 2019, no último dia 30 de abril, data limite de acordo com a Lei Pelé, o Santa Cruz projeta soltar o documento quando a pandemia do novo coronavírus estiver sob controle no Estado. Assim garantiu o coordenador do Núcleo de Gestão do clube, Ítalo Mendes, que afirmou que o balanço referente ao ano passado está pronto, mas por conta da pandemia e da necessidade de reajuste dos saldos de 2017 e 2018, não pôde ser publicado de forma isolada.

“O balanço 2019 está pronto, mas depende da republicação (dos balanços financeiros) de 2017 e 2018, que depende que profissionais de fora do Estado estejam presentes no clube, o que ainda não está sendo possível”, explicou o gestor, que apontou a publicação do balanço para quando a pandemia do novo coronavírus estiver controlada, situação ainda indefinida pelos órgãos de saúde. Pernambuco, por exemplo, ainda não atingiu o pico da doença, período que deve acontecer no mês de maio, segundo o Secretário de Saúde do Estado, André Longo. 

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Os balanços referentes a 2017 e 2018 ainda não foram finalizados, o que deve ser feito, segundo Ítalo, quando os profissionais que fazem a auditoria externa do clube retornarem à Capital Pernambucana. Ainda assim, o que está por vir deve agradar a torcida tricolor, pelo menos no que tange os dados que constam no documento de 2019.

“Nossa receita total em 2019 foi um pouco mais de R$ 18 milhões e tivemos um superávit de 2,5 milhões”, acrescentou. Mesmo estando fechado, o balanço referente ao ano passado não poderia ser publicado separadamente dos balanços correspondentes a 2017 e 2018, porque os saldos dos respectivos anos ainda precisam ser fechados, disse o gestor.

Cota da Copa do NE
Desde abril, o Santa Cruz vem se movimentando para adiantar a última parcela da cota de participação da Copa do Nordeste. O feito, no entanto, ainda não foi alcançado, segundo Ítalo.

Como adiantado pela Folha, a Liga do Nordeste reduziu em aproximadamente 50% a última parcela da cota de participação dos clubes que disputam a competição em 2020, em decorrência da falta de pagamento por parte dos patrocinadores, também afetados com a paralisação dos jogos em meio à pandemia.

No subgrupo dois, seguindo a divisão pelo ranking da CBF, ao lado de CRB, Fortaleza e Náutico, a Cobra Coral receberia R$ 1,7 milhão na cota de participação. Com a redução na última parcela, o Tricolor recebeu R$ 212.500 mil no mês de março, quando em cada uma das três primeiras parcelas embolsou o equivalente a R$ 425 mil do valor integral.